sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

May I?

Meu cérebro de 'lagarto' diz que tem algo por vir, uma grande bagunça interna ou uma grande confusão externa. Algo vai acontecer, a cada segundo que passa sinto essa angústia que aperta sem dó meu coração. Fibra por fibra, músculo por músculo, fazendo ventrículos e átrios colabarem de tanta força e pressão interna. Quero explodir, fazer incendiar tudo que parece doer e pesar. Quero, e eu posso? Quero chorar, quero gritar, quero que passe, e eu posso? Eu não sei. As vezes entrar na escuridão não tem volta. Já tive salvação por duas vezes, existe uma terceira chance?
Não quero isso, mas parece ser isso meu destino, o que me chama. Tá tudo bem, mas não sei o que dizer. Lágrimas enchem meus olhos, tudo vai ficando sem cor, triste e sem graça. Há vezes que ela aparece trazendo tudo de lindo, felicidade, vontade, força e amor. Mas e agora? Nesse momento, cadê tudo isso? Eu preciso. Preciso de colo, preciso chorar no ombro de alguém. E sim, chorar por nada, gritar por nada. Ou será por tudo?
Mania de quem guarda as coisas e '..mágoa velada é água parada e uma hora, transborda..' , mas e fazer o que pra mudar?
Acredito que do ponto de vista certo tudo tem salvação. Mas as vezes acho que a salvação não vai chegar em mim. As vezes acho que não mereço, acho que não sou digna, acho que só faço machucar e ferir com toda a minha grosseria, com meu jeito rude. E a felicidade pra mim é só questão de um pouco de tempo, pra alguém ou alguma coisa ver e provar como é bom roubar doce de criança. Vê-la chorar, ver doer. As vezes não é justo, as vezes é questão de escolha. E as vezes isso é só uma sensação. E tomara que seja. Porque essa sensação, sentimento ruim ou seja lá qual for o nome não é o que eu escolhi pra mim, porque o que foi escolhido tem nome, tem sentimento e tem futuro. Portanto sem mais, afasta de mim este cálice de vinho tinto de sangue.





"..Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça .."









"...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Parte 1 de algum epílogo.

Uma pessoa sempre me disse que, era preciso fazer as coisas logo, nunca deixar pra depois porque o depois não poderia chegar, poderia ser o fim em poucos segundos. Mas não, hoje e nem amanhã não, deixa eu levar minha vida com calma. Essa que vem me preenchendo de paz e alegria, que vem me deixando pacata e um tanto quanto doce. Paz essa que havia tempos que não pairava no ar se confundindo com amor. Me deixa na paz, me deixa na lentidão boa dos pensamentos rápidos que o 'eu te amo' sai sozinho, me deixa curtir uma tarde ouvindo só os estalos dos beijos apaixonados e o barulho do ventilador. Me deixa aproveitar uma tarde onde se quer tudo e depois chegar em casa e ver que só valeu a pena pela companhia. Me deixa, mas me acompanhe. Me acompanhe de pertinho, mas não segure tão forte minha mão. Segure a minha mão não tão forme, mas também não me deixe ir pra longe. E se eu ousar ir, me pegue , me puxe, me traga. E mesmo que eu vá em algum lugar, não se preocupe, eu sei onde é meu lugar.