Meu cérebro de 'lagarto' diz que tem algo por vir, uma grande bagunça interna ou uma grande confusão externa. Algo vai acontecer, a cada segundo que passa sinto essa angústia que aperta sem dó meu coração. Fibra por fibra, músculo por músculo, fazendo ventrículos e átrios colabarem de tanta força e pressão interna. Quero explodir, fazer incendiar tudo que parece doer e pesar. Quero, e eu posso? Quero chorar, quero gritar, quero que passe, e eu posso? Eu não sei. As vezes entrar na escuridão não tem volta. Já tive salvação por duas vezes, existe uma terceira chance?
Não quero isso, mas parece ser isso meu destino, o que me chama. Tá tudo bem, mas não sei o que dizer. Lágrimas enchem meus olhos, tudo vai ficando sem cor, triste e sem graça. Há vezes que ela aparece trazendo tudo de lindo, felicidade, vontade, força e amor. Mas e agora? Nesse momento, cadê tudo isso? Eu preciso. Preciso de colo, preciso chorar no ombro de alguém. E sim, chorar por nada, gritar por nada. Ou será por tudo?
Mania de quem guarda as coisas e '..mágoa velada é água parada e uma hora, transborda..' , mas e fazer o que pra mudar?
Acredito que do ponto de vista certo tudo tem salvação. Mas as vezes acho que a salvação não vai chegar em mim. As vezes acho que não mereço, acho que não sou digna, acho que só faço machucar e ferir com toda a minha grosseria, com meu jeito rude. E a felicidade pra mim é só questão de um pouco de tempo, pra alguém ou alguma coisa ver e provar como é bom roubar doce de criança. Vê-la chorar, ver doer. As vezes não é justo, as vezes é questão de escolha. E as vezes isso é só uma sensação. E tomara que seja. Porque essa sensação, sentimento ruim ou seja lá qual for o nome não é o que eu escolhi pra mim, porque o que foi escolhido tem nome, tem sentimento e tem futuro. Portanto sem mais, afasta de mim este cálice de vinho tinto de sangue.
"..Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado
(Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do
meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça!
(Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça
de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça .."
"...
Retratos da comédia privada
Não são apenas fotos ou fatos.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Parte 1 de algum epílogo.
Uma pessoa sempre me disse que, era preciso fazer as coisas logo, nunca deixar pra depois porque o depois não poderia chegar, poderia ser o fim em poucos segundos. Mas não, hoje e nem amanhã não, deixa eu levar minha vida com calma. Essa que vem me preenchendo de paz e alegria, que vem me deixando pacata e um tanto quanto doce. Paz essa que havia tempos que não pairava no ar se confundindo com amor. Me deixa na paz, me deixa na lentidão boa dos pensamentos rápidos que o 'eu te amo' sai sozinho, me deixa curtir uma tarde ouvindo só os estalos dos beijos apaixonados e o barulho do ventilador. Me deixa aproveitar uma tarde onde se quer tudo e depois chegar em casa e ver que só valeu a pena pela companhia. Me deixa, mas me acompanhe. Me acompanhe de pertinho, mas não segure tão forte minha mão. Segure a minha mão não tão forme, mas também não me deixe ir pra longe. E se eu ousar ir, me pegue , me puxe, me traga. E mesmo que eu vá em algum lugar, não se preocupe, eu sei onde é meu lugar.
domingo, 27 de maio de 2012
You're kill me
As vezes me pego pensando, como uma ovelhinha se sente indo pro abate? Será que sente toda aquela angustia, medo, pavor do incerto, da dor? Ou apenas uma grande paz e a retirada de um mundo tão mesquinho que já não faz nem falta? E quando me sinto assim? Certamente não é uma paz que me rodeia. Toda essa angustia e esse pavor dos próximos segundos, as vezes me domina e já nem sei. Onde tá a corda? Ou está o arpão, facão? Veneno? Não sei. Escolha suas armas, venha pra luta porque diferente de uma ovelha não me abatem fácil. Sou resistente, mutável, me adapto ao meu meio enquanto posso. Venha! Tá com medo de quem? Toda a força que eu digo ter te assusta? Palavras as vezes são apenas palavras, mas pra pessoas como eu palavras são tudo. Ou pelo menos quase. 'Minha palavra, minha garantia', foram certamente uma das coisas mais eficazes e belas que já ouvi. E repito, porque é assim que funciona pra mim. Porém, e infelizmente me sinto assim na maioria das vezes esperando como será minha próxima morte, meu próximo abate, minha luta final.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Abra, não tenha medo
Não procuro mais, descobri que pessoas inteiras não existem. O que existe são apenas pessoas que saíram de outros relacionamentos deixando um pouco de si e levando um pouco de outrem, e com muita, mais muita bagagem . Umas que chegavam a lhe doer os ombros, outros que carregavam apenas uma bolsa de mão, leves e soltos. Procuro pessoas com muitas bagagens, mas não as que machuque, apenas aquelas com boas histórias, experiências e vida. É tão difícil assim, entender isso compreender e achar? Até onde é possível. Eu tenho minhas próprias malas, minha bagagem de mão de histórias boas, bobas e leves.. que por hora me tiraram o ar e que eu saiba o tempo inteiro que me fariam sorrir toda a vez que lembrasse delas e outras malas já marcam meus ombros e a cada lembrança a velha e mesma ferida do coração dá sinal de vida, mostrando que ainda tá ali, que não foi embora. As vezes, nem é tão ferida assim.. pode ser saudade que as vezes é transformada em dor, e por muitas vezes podemos confundi-las. Seja bom ou seja ruim, bagagens são sempre bagagens, venho escrevendo e pensando sobre elas e sempre chegando nas mesmas conclusões.. sejam boas ou ruins me mostre as suas e descubra as minhas, irá se surpreender com o que trago comigo.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Repetir
A palavra de hoje é : Repetições. Até quando? O destino brincando com as mesmas jogadas e eu me deixando levar com as mesmas derrotas. Ele vem e me traz o que eu penso ser amor, me envolvo, me permito e quando vejo estou no chão procurando para onde eles foram, tão distante tão incerto. Vem, voltem eu quero. Não, não vão voltar. Encontro um acalento pro meu coração nas esquinas, nas músicas e nos bares. Vivendo e tentando aprender, eu sigo. " Pra que dissimular, se ela me segue aonde quer que eu vá? Melhor encarrar e aprender com ela caminhar, não vou mais negar todo caminho minha sombra está.. Eu quero saber me querer com toda beleza e abominação que há em mim..".
E por tudo que eu falei e ficou pra trás, por tudo que eu lutei e não fui capaz. E agora? É sempre a pergunta que vem na minha mente ao pensar no que me espera na próxima esquina. Que seja feito de paz, segurança, conforto, verdade e bagagens. Já que não quero mais o inteiro, que venha metade. No pensar em ser sozinho, paro de viver esperando e que um dia venha quem sabe algo ou alguém que pegue na minha mão e que me permita deixar ser cuidada, mimada, destrambelhada que seja. E o que me resta é apenas seguir em frente e esperar a próxima curva.
E por tudo que eu falei e ficou pra trás, por tudo que eu lutei e não fui capaz. E agora? É sempre a pergunta que vem na minha mente ao pensar no que me espera na próxima esquina. Que seja feito de paz, segurança, conforto, verdade e bagagens. Já que não quero mais o inteiro, que venha metade. No pensar em ser sozinho, paro de viver esperando e que um dia venha quem sabe algo ou alguém que pegue na minha mão e que me permita deixar ser cuidada, mimada, destrambelhada que seja. E o que me resta é apenas seguir em frente e esperar a próxima curva.
domingo, 22 de abril de 2012
Fairytale
"'Nunca' e 'sempre' são palavras que só deviam existir nos contos de fadas. São palavras que fazem parte de promessas impossíveis de serem cumpridas. Mas como é bom ouvi-las, não é mesmo?! " (Miguel Falabella)
Palavras iludem. Não deveríamos acreditar nelas, não mesmo. Elas vão com o tempo, passam, se desgastam e você ali, agarrada com as unhas fincadas em um sentimento que talvez nem tenha existido pro outrem. E agora? Continuar acreditando que as promessas são eternas? Acreditar no "você sabe que é verdade, sabe do que falei"? Acreditar? Agora? Com tudo que tem mostrado e demonstrado tá tudo tão nublado, que na minha cabeça as coisas parecem nem mais fazer sentido. E fizeram alguma hora? É agora, nesse momento a hora da decisão. "Não pegue na minha mão se tem a intenção de solta-la" já dizia o meu sábio e eterno poeta Cazuza. Me deixe se não quiser me levar com você, não me conquiste se não me quiser na sua vida, não me toque se irá me julgar. Não quero mais pessoas inteiras, quero as pessoas verdadeiras. As inteiras não existem, é só uma ilusão do que mais desejamos na vida: amor e verdade. Pessoas inteiras são irreais, imaginárias porque ninguém que vive é inteiro. Deixamos sempre um pouco de nós e levamos um pouco do outro. Leva tempo para ter essa percepção e aceitação de um conceito que parece loucura, mas se analisa-lo verá que não é. O inteiro não é possível, o inteiro é contraditório, o inteiro mente. As metades vêm com todo o seu conhecimento, experiência, vivência. O inteiro nem vem. E se um dia me dizer que é inteiro, sairei de perto, gosto de bagagens. E das grandes.
Palavras iludem. Não deveríamos acreditar nelas, não mesmo. Elas vão com o tempo, passam, se desgastam e você ali, agarrada com as unhas fincadas em um sentimento que talvez nem tenha existido pro outrem. E agora? Continuar acreditando que as promessas são eternas? Acreditar no "você sabe que é verdade, sabe do que falei"? Acreditar? Agora? Com tudo que tem mostrado e demonstrado tá tudo tão nublado, que na minha cabeça as coisas parecem nem mais fazer sentido. E fizeram alguma hora? É agora, nesse momento a hora da decisão. "Não pegue na minha mão se tem a intenção de solta-la" já dizia o meu sábio e eterno poeta Cazuza. Me deixe se não quiser me levar com você, não me conquiste se não me quiser na sua vida, não me toque se irá me julgar. Não quero mais pessoas inteiras, quero as pessoas verdadeiras. As inteiras não existem, é só uma ilusão do que mais desejamos na vida: amor e verdade. Pessoas inteiras são irreais, imaginárias porque ninguém que vive é inteiro. Deixamos sempre um pouco de nós e levamos um pouco do outro. Leva tempo para ter essa percepção e aceitação de um conceito que parece loucura, mas se analisa-lo verá que não é. O inteiro não é possível, o inteiro é contraditório, o inteiro mente. As metades vêm com todo o seu conhecimento, experiência, vivência. O inteiro nem vem. E se um dia me dizer que é inteiro, sairei de perto, gosto de bagagens. E das grandes.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Circo dos Horrores.
Respeitável público, o espetáculo já começou! Temos mentiras pra contar, promessas para não cumprir e de quebra um orgulho imensurável para se ter. E com vocês, em primeiro lugar, a bailarina que vai as alturas e na descida parte todos os corações a volta, apenas se importando se o salto foi perfeito. O palhaço, que colocou o coração a prova pra bailarina pisar, e continua a espirrar água de sua flor majestosa. O mágico que desaparece com a junção de algumas palavras, volta, como se nada tivesse acontecido, deixando o público e todos aqueles que o aguardavam, e que até sentiam falta dele, com pontos de interrogações nas suas cabeças de bigorna. Temos também, a majestosa mulher barbada, vivendo a custas de sua imagem e nada semelhança com os demais, ela sempre diz "- Eu, eu, eu, eu, eu, e sempre eu. Não preciso de mais ninguém". O homem de aço que quer carregar todos os problemas nas costas dele, e os seus, ah os seus problemas estão ao léu, entrando com o homem bala no seu canhão, este que espera ser lançado pra longe, por não se importar com os que estão a sua volta. Essa noite contamos com a presença do equilibrista, tão centrado no seu próprio mundo em forma de linha, que esquece que existem pessoas ao seu redor e que ali por perto existe uma domadora louca para seu coração conquistar, porém nosso equilibrista só pensa em equilibrar, e amar? Já pensa não precisar.
O homem da perna de pau, tão alto, tão gigante e tão frágil. Mostra toda aquela habilidade nas alturas e chegando a terra só avista a linda domadora que só sabe olhar pra pequena linha em cima daquele espetáculo, pois lá estava,ele, seu equilibrista. O trapezista já nem parecia se importar, já dizia que o mundo, voltas havia de dar. De um salto a outro, iria murmurar que o circo já tinha sido um belo lugar. Agora marcado por horrores, egoísmo e "cheios de si", já parecia nem se importar e se acostumar com aquele nada bonito lugar. Circo, lugar onde deveria ter diversão, sorrisos, alegrias, agora parecendo o velho pobre coração da menina que dizia "-Aqui já nada habita, a tempos tentava lhe mostrar, que o circo que era vida, agora já está a amargurar, a vida de mim, ô pobre menina, que se põe a chorar neste horrível lugar." E ali, com toda aquela visão estava o nosso apresentador, majestoso e com sua bengala na mão, regeu mais um circo dos horrores que antes era só diversão. E o palhaço, uma hora, haveria de se vingar que outrora a linda bailarina arrancaria lágrimas da sua frondosa flor. Uma hora, aquilo tudo perderia o sentido, restando apenas no circo o chateado apresentador, este que fizera tudo tentar dar certo, porém uma hora, as coisas tomam o rumo e escrevem outra história, o lamento e a dor tomarão conta da linda tenda colorida do circo, que antes era palco de sorrisos, hoje só mostra dor. Circo dos horrores, respeitável público, agora, você está preparado para mais um espetáculo?
Assinar:
Comentários (Atom)



