terça-feira, 10 de abril de 2012
Circo dos Horrores.
Respeitável público, o espetáculo já começou! Temos mentiras pra contar, promessas para não cumprir e de quebra um orgulho imensurável para se ter. E com vocês, em primeiro lugar, a bailarina que vai as alturas e na descida parte todos os corações a volta, apenas se importando se o salto foi perfeito. O palhaço, que colocou o coração a prova pra bailarina pisar, e continua a espirrar água de sua flor majestosa. O mágico que desaparece com a junção de algumas palavras, volta, como se nada tivesse acontecido, deixando o público e todos aqueles que o aguardavam, e que até sentiam falta dele, com pontos de interrogações nas suas cabeças de bigorna. Temos também, a majestosa mulher barbada, vivendo a custas de sua imagem e nada semelhança com os demais, ela sempre diz "- Eu, eu, eu, eu, eu, e sempre eu. Não preciso de mais ninguém". O homem de aço que quer carregar todos os problemas nas costas dele, e os seus, ah os seus problemas estão ao léu, entrando com o homem bala no seu canhão, este que espera ser lançado pra longe, por não se importar com os que estão a sua volta. Essa noite contamos com a presença do equilibrista, tão centrado no seu próprio mundo em forma de linha, que esquece que existem pessoas ao seu redor e que ali por perto existe uma domadora louca para seu coração conquistar, porém nosso equilibrista só pensa em equilibrar, e amar? Já pensa não precisar.
O homem da perna de pau, tão alto, tão gigante e tão frágil. Mostra toda aquela habilidade nas alturas e chegando a terra só avista a linda domadora que só sabe olhar pra pequena linha em cima daquele espetáculo, pois lá estava,ele, seu equilibrista. O trapezista já nem parecia se importar, já dizia que o mundo, voltas havia de dar. De um salto a outro, iria murmurar que o circo já tinha sido um belo lugar. Agora marcado por horrores, egoísmo e "cheios de si", já parecia nem se importar e se acostumar com aquele nada bonito lugar. Circo, lugar onde deveria ter diversão, sorrisos, alegrias, agora parecendo o velho pobre coração da menina que dizia "-Aqui já nada habita, a tempos tentava lhe mostrar, que o circo que era vida, agora já está a amargurar, a vida de mim, ô pobre menina, que se põe a chorar neste horrível lugar." E ali, com toda aquela visão estava o nosso apresentador, majestoso e com sua bengala na mão, regeu mais um circo dos horrores que antes era só diversão. E o palhaço, uma hora, haveria de se vingar que outrora a linda bailarina arrancaria lágrimas da sua frondosa flor. Uma hora, aquilo tudo perderia o sentido, restando apenas no circo o chateado apresentador, este que fizera tudo tentar dar certo, porém uma hora, as coisas tomam o rumo e escrevem outra história, o lamento e a dor tomarão conta da linda tenda colorida do circo, que antes era palco de sorrisos, hoje só mostra dor. Circo dos horrores, respeitável público, agora, você está preparado para mais um espetáculo?
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