quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

I don't fucking know II

Não sabem que máscara sob máscara afunda mais a caixinha 
Algo novo vem surgindo. Passado, milimetrado, contado em gotas. Algo bom, diga-se de passagem. Ela tem sentido. Perigoso? Provável, mas o que não causa medo? Medo do novo, do sangrar, do irreal, do abstrato. Ir fundo e mergulhar com um imenso pulo sem olhar pra baixo ou calcular racionalmente cada passo dado? Ela tem sido fria, ficamos com a segunda opção. Eu e Mim impiedosas contra atacam cheias de emoção x razão e "- Calem-se, eu sou dona de mim." Nada irá interferir, quando ela traça uma meta ela consegue. Tem força, vontade, orgulho, vaidade. Não deixa barato, e é fã das revoluções revolucionárias e aplaude as rebeldias de quem sabe o que é e pra que veio. Se reinventou? Sim, óbvio. Fazemos isso o tempo todo, nem que seja lentamente e quase imperceptível. Vamos lá, seremos sinceros: usamos diversas máscaras o dia inteiro. Sorrimos sem vontade, brincamos sem vontade, falamos, fazemos coisas o tempo inteiro para "agradar" a um sistema e fingir estar bem. É estamos bem. Risos. A quem estamos enganando? Mostrar o verdadeiro eu é difícil, e muitas vezes limitado por não sabermos até onde somos capazes de ir. Colocar em prova? Eu particularmente adoro. Necessito experimentar e ver até onde vai a racionalidade que todos dizem ter. ".. Pra que me dizer, se não é capaz? .." Pois é, e vivam as máscaras, os falsos "está tudo bem" e viva a racionalidade mesquinha e egoísta. Aplausos de pé que lá vem o rei. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fez o melhor e o pior de mim

Quente. Fervendo. A água naquele momento era o que se tinha de mais real. Ela procurava sentir, e nada. Só uma frieza imensa que parecia tê-la pegado de jeito. Aumentou a temperatura, a água já parecia queimar o peito e nada. Aquela frieza e apatia diante a tal fervor. Colocou no mais frio, já que agora seu corpo estava em brasas,  e ainda assim aquilo não a despertou. Parece imersa em uma situação inexistente que ainda pesa no seu peito por não aceitação dos fiéis sentimentos. Não acredita, não quer acreditar melhor dizendo. Fazendo-se assim, tão ácida e fria. É melhor, pelo menos desse jeito nada a remói, nada a desconstrói por mais doloroso que seja. Ser fria e ácida tem suas grandes vantagens, e é com estas que a mesma se preocupa agora. Se chamar não adianta, e só a vontade de resolver e voltar atrás permanecem ela continua quieta submergida numa escuridão que ela mesma criara. "...Fez o melhor e o pior de mim..", agora é lidar com a abominação existente em cada um e quem sabe, a beleza volte. E eu espero que sim. 
"..Na ação e na reação, na escuridão e na luz, no calor e no frio, na inspiração e na expiração, no ritmo do sangue, nas forças centrífuga e centrípeta.
Tudo na natureza é dividido, de modo que cada coisa constitui uma metade que precisa ser completada por uma outra coisa, como o espírito e a matéria, subjetivo e objetivo, interior e exterior, movimento e repouso. Os pólos se complementam entre si para que exista um equilíbrio dinâmico".
Yin e Yang são inseparáveis.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A sombra.

Parece que ela me persegue. Virando quase uma sombra daquilo que eu preciso esquecer. Daquilo que um dia foi a esperança de um acordar, um dia belo era ver aquele sorrio. Tudo ao redor iluminava e parecia me transportar para o lugar mais lindo da terra ao ver-te passar. E agora? Já que não posso mais e nem devo? Sonho contigo, me vejo dando certo, esperança é aquela que morre por último, certo? Mas não é por ela que eu sigo, pois se fosse ainda estaria ai, totalmente absorta num mundo que você criou e pareceu me aprisionar nele como se eu não pudesse te deixar por promessas feitas que você já nem parece lembrar. A única pergunta que me faço: será que você ainda pensa em mim? Não precisa ser como penso em ti, quero ser lembrada pelas tardes maravilhosas, sorrisos infinitos, beijos ardentes que me deixavam em febre, abraços e olhares que chegavam a lançar flores ao te ver. Depois de tudo, acredito ainda mais que o acaso não existe, foi preciso que tudo acontecesse do jeito que aconteceu, lamento por ter sido rápido, se pudesse escolher voltaria faria as coisas acontecerem mais lentamente e só assim te teria por um pouquinho mais de tempo, pisaria com mais cuidado naquela felicidade que me cegou e me fez cometer erros. Mas o "e se" não existe, é uma ilusão para que fiquemos remoendo o que passou ao invés de deixa-lo ir. Agora é olhar pra frente, torcer para que esteja do meu lado e seguir, talvez nem importando a direção.