terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Fez o melhor e o pior de mim
Quente. Fervendo. A água naquele momento era o que se tinha de mais real. Ela procurava sentir, e nada. Só uma frieza imensa que parecia tê-la pegado de jeito. Aumentou a temperatura, a água já parecia queimar o peito e nada. Aquela frieza e apatia diante a tal fervor. Colocou no mais frio, já que agora seu corpo estava em brasas, e ainda assim aquilo não a despertou. Parece imersa em uma situação inexistente que ainda pesa no seu peito por não aceitação dos fiéis sentimentos. Não acredita, não quer acreditar melhor dizendo. Fazendo-se assim, tão ácida e fria. É melhor, pelo menos desse jeito nada a remói, nada a desconstrói por mais doloroso que seja. Ser fria e ácida tem suas grandes vantagens, e é com estas que a mesma se preocupa agora. Se chamar não adianta, e só a vontade de resolver e voltar atrás permanecem ela continua quieta submergida numa escuridão que ela mesma criara. "...Fez o melhor e o pior de mim..", agora é lidar com a abominação existente em cada um e quem sabe, a beleza volte. E eu espero que sim.
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