sexta-feira, 27 de abril de 2012

Repetir

A palavra de hoje é : Repetições. Até quando? O destino brincando com as mesmas jogadas e eu me deixando levar com as mesmas derrotas. Ele vem e me traz o que eu penso ser amor, me envolvo, me permito e quando vejo estou no chão procurando para onde eles foram, tão distante tão incerto. Vem, voltem eu quero. Não, não vão voltar. Encontro um acalento pro meu coração nas esquinas, nas músicas e nos bares. Vivendo e tentando aprender, eu sigo. " Pra que dissimular, se ela me segue aonde quer que eu vá? Melhor encarrar e aprender com ela caminhar, não vou mais negar todo caminho minha sombra está.. Eu quero saber me querer com toda beleza e abominação que há em mim..".
E por tudo que eu falei e ficou pra trás, por tudo que eu lutei e não fui capaz. E agora? É sempre a pergunta que vem na minha mente ao pensar no que me espera na próxima esquina. Que seja feito de paz, segurança, conforto, verdade e bagagens. Já que não quero mais o inteiro, que venha metade. No pensar em ser sozinho, paro de viver esperando e que um dia venha quem sabe algo ou alguém que pegue na minha mão e que me permita deixar ser cuidada, mimada, destrambelhada que seja. E o que me resta é apenas seguir em frente e esperar a próxima curva. 
"..Vendo os olhos e assim triste, infeliz, incapazA vida ficou por ali me olhando por trásA vida ficou por ali...Se eu sei dessa dor, ela sabe de mimNão viveu o amor que eu trago aquiSe qualquer medo e dor que hoje possa me terSe transforma em calor mata o frio do teu peito e me faz viver.."

domingo, 22 de abril de 2012

Fairytale

"'Nunca' e 'sempre' são palavras que só deviam existir nos contos de fadas. São palavras que fazem parte de promessas impossíveis de serem cumpridas. Mas como é bom ouvi-las, não é mesmo?! "                      (Miguel Falabella)




Palavras iludem. Não deveríamos acreditar nelas, não mesmo. Elas vão com o tempo, passam, se desgastam e você ali, agarrada com as unhas fincadas em um sentimento que talvez nem tenha existido pro outrem. E agora? Continuar acreditando que as promessas são eternas? Acreditar no "você sabe que é verdade, sabe do que falei"? Acreditar? Agora? Com tudo que tem mostrado e demonstrado tá tudo tão nublado, que na minha cabeça as coisas parecem nem mais fazer sentido. E fizeram alguma hora? É agora, nesse momento a hora da decisão. "Não pegue na minha mão se tem a intenção de solta-la" já dizia o meu sábio e eterno poeta Cazuza. Me deixe se não quiser me levar com você, não me conquiste se não me quiser na sua vida, não me toque se irá me julgar. Não quero mais pessoas inteiras, quero as pessoas verdadeiras. As inteiras não existem, é só uma ilusão do que mais desejamos na vida: amor e verdade. Pessoas inteiras são irreais, imaginárias porque ninguém que vive é inteiro. Deixamos sempre um pouco de nós e levamos um pouco do outro. Leva tempo para ter essa percepção e aceitação de um conceito que parece loucura, mas se analisa-lo verá que não é. O inteiro não é possível, o inteiro é contraditório, o inteiro mente. As metades vêm com todo o seu conhecimento, experiência, vivência. O inteiro nem vem. E se um dia me dizer que é inteiro, sairei de perto, gosto de bagagens. E das grandes. 





terça-feira, 10 de abril de 2012

Circo dos Horrores.



Respeitável público, o espetáculo já começou! Temos mentiras pra contar, promessas para não cumprir e de quebra um orgulho imensurável para se ter. E com vocês, em primeiro lugar, a bailarina que vai as alturas e na descida parte todos os corações a volta, apenas se importando se o salto foi perfeito. O palhaço, que colocou o coração a prova pra bailarina pisar, e continua a espirrar água de sua flor majestosa. O mágico que desaparece com a junção de algumas palavras, volta, como se nada tivesse acontecido, deixando o público e todos aqueles que o aguardavam, e que até sentiam falta dele, com pontos de interrogações nas suas cabeças de bigorna. Temos também, a majestosa mulher barbada, vivendo a custas de sua imagem e nada semelhança com os demais, ela sempre diz "- Eu, eu, eu, eu, eu, e sempre eu. Não preciso de mais ninguém". O homem de aço que quer carregar todos os problemas nas costas dele, e os seus, ah os seus problemas estão ao léu, entrando com o homem bala no seu canhão, este que espera ser lançado pra longe, por não se importar com os que estão a sua volta. Essa noite contamos com a presença do equilibrista, tão centrado no seu próprio mundo em forma de linha, que esquece que existem pessoas ao seu redor e que ali por perto existe uma domadora louca para seu coração conquistar, porém nosso equilibrista só pensa em equilibrar, e amar? Já pensa não precisar.
O homem da perna de pau, tão alto, tão gigante e tão frágil. Mostra toda aquela habilidade nas alturas e chegando a terra só avista a linda domadora que só sabe olhar pra pequena linha em cima daquele espetáculo, pois lá estava,ele, seu equilibrista. O trapezista já nem parecia se importar, já dizia que o mundo, voltas havia de dar. De um salto a outro, iria murmurar que o circo já tinha sido um belo lugar. Agora marcado por horrores, egoísmo e "cheios de si", já parecia nem se importar e se acostumar com aquele nada bonito lugar. Circo, lugar onde deveria ter diversão, sorrisos, alegrias, agora parecendo o velho pobre coração da menina que dizia "-Aqui já nada habita, a tempos tentava lhe mostrar, que o circo que era vida, agora já está a amargurar, a vida de mim, ô pobre menina, que se põe a chorar neste horrível lugar." E ali, com toda aquela visão estava o nosso apresentador, majestoso e com sua bengala na mão, regeu mais um circo dos horrores que antes era só diversão. E o palhaço, uma hora, haveria de se vingar que outrora a linda bailarina arrancaria lágrimas da sua frondosa flor. Uma hora, aquilo tudo perderia o sentido, restando apenas no circo o chateado apresentador, este que fizera tudo tentar dar certo, porém uma hora, as coisas tomam o rumo e escrevem outra história, o lamento e a dor tomarão conta da linda tenda colorida do circo, que antes era palco de sorrisos, hoje só mostra dor. Circo dos horrores, respeitável público, agora, você está preparado para mais um espetáculo?















quinta-feira, 5 de abril de 2012

Call me a superman

E a hora está pra chegar. Preciso dizer tudo o que sinto para dizer que ao menos tentei. As vezes nos pegamos dizendo que amamos alguém para nos mesmo, mas será que a pessoa tá pronta pra ouvir? Não iria parecer loucura? Um auê? Mas,hoje não, doses de loucura estão sendo distribuídas, kits de insanidade jogados ao léu, os filtros que amenizam minhas puras verdades retirados pra manutenção, hoje nada me toca e nem me aprisiona, só preciso dizer. O pensar demais e algumas das minhas atitudes, podem sim, ter contribuído para eu ter te perdido, ou até o que deixei de falar por temer ser repetitiva, mas hoje se for pra errar que seja pelo mais, e que sirva para eu nunca precisar dizer: " - Poderia ter falado o que verdadeiramente sentia, mas e agora? " As coisas passam, os dias mudam, e aí? Tudo passa é uma verdade absoluta de fatos e uma consequência do Sr. Destino para conosco. E se passar, por favor, que passe para melhor. Tá na hora de ser feliz, mais do que nunca, e quero torcer pra que esteja do meu lado até o fim, porque eu vou te prender ao meu lado com meus poderes sobre humanos. Nice to meet you, call me a superman!



"I took a walk around the world to ease my troubled mind
I left my body lying somewhere in the sands of time
I watched the world float to the dark side of the moon.."




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Look at the sky

Cada  vez que entro nesse blog e vejo que mais uma semana se passou... Peraí? Passou ou chegou? Uma dúvida corrói nesse momento. Estamos perdendo tempo de uma vida que poderia ser perfeita, não digo perfeita, pois o perfeito estraga e é cruel, com a perfeição vem a dor, o anseio dos sonhos, a insegurança e o querer mais do comum. Eu, particularmente, gosto de uma vida agitada com gritos que vão de dor a felicidade, tardes morenas a espera de nada, dias de saudade e noites de solidão. Viver  a espera do que poderia ser é um tanto quanto cruel, passar os dias na sombra e pensar: " - Ah, nesse momento se estivesse aqui..." , nada mais do mesmo, tudo do comum. Dias frios, vazios e escuros. Porque ainda me surpreendo com a total verdade do ser comum? Deveria ser mais fácil, mas nada as vezes é o que aparenta ser, é preciso ver os detalhes, ler o que tá em baixo das linhas para sobreviver, eu por enquanto, to no jogo. As vezes ganhando, oras perdendo mas no jogo. Viver e seguir, precisando cada vez mais deixar o passado e olhar pro futuro, pras metas, pro sonho e observar captando a felicidade nos pequenos rastros da paixão. Eu preciso me desvincular de algumas das minhas teorias que me prendem num ser obscuro e sem vontade de enxergar que realmente que a vida pode ter um lado que sejam flores e passarinhos cantantes numa tarde de por do sol, o que eu preciso é ouvir alguma coisa que faça minha vida mudar,  e que , por favor, mude pra melhor. Podemos combinar, que tem uma hora que cansa sentir felicidade por momentos passageiros de alegria e é preciso mais para ser realmente feliz. E isso, é uma certeza que eu tenho e uma coisa que eu quero, e muito. Ir atras disso ou deixar que ela chegue? Cenas e palavras para a próxima publicação.