domingo, 25 de dezembro de 2011

1, 2, 3 testando.

Os testes, com qual sentido? A vida é feito deles? Somos testados o tempo inteiro? Ou não? 
A minha pelo menos é. Vejo as coisas como passos e fases, que passaremos por 'testes' de confiança, fidelidade, amor, amizade e afins. Não passei em todos, fiz muitos e você falhou no último. Não era nada daquilo, falei tudo ao contrário e você falhou. Ou mentiu e me enganou muito bem. Dúvida para sempre? Risos, não. Lá no fundo eu sei exatamente o que está acontecendo. Imersa num mundo que está se despedaçando e cheio de dor, amargura e saudade. Tudo um dia foi fácil, tranquilo e agora essa nuvem pesada e densa, tão pesada que a fadiga se dá nos músculos. Há dor física, psicossomática. Psicologia, psicanálise, psicoqualquer coisa. Agora, na altura do campeonato acho que tanto faz. Não sei o que dizer, não sei se devo procurar e a dúvida é o que mais me corrói e machuca, e eu não gosto. Vontade de ir lá e colocar a cara pra bater, o medo de piorar as coisas vem e me faz silenciar. Fico quieta. Por quanto tempo? Não sei. E naquela hora, daquelas palavras tão sem sentido que me dava vontade de rir, quase desisti mas ao mesmo tempo queria ir até o final só para provar pra mim mesma que eu tava certa, gosto desse sabor.
Sempre me disse para dar tempo ao tempo.. mas já não aguento mais isso e os melhores meses serão sempre contigo e a lembrança é o que me faz querer mais uma vez você. 

domingo, 18 de dezembro de 2011

All I wanted

Voltei caminhando contra o vento. Uma música tocava na minha cabeça tão alto que eu quase não conseguia pensar, olhos cheios de água e uma ficha caindo. Droga, droga, droga. Era para você ter tido alguma coisa para fazer minha vida mudar, era para ter me dito que iria pelo menos tentar. Meu mundo ainda tá meio lento, as coisas passam e eu não vejo, tudo ainda muito recente. Eu abri uma ferida em mim ao tirar isso tudo. Não sei se fiz certo ou errado. Caminhando rapidamente para um lugar que eu desconheço, porque aquele não era o caminho para minha casa. E caminhei quase correndo contra o vento, quase que um pouco mais de 40 minutos. Não sei se vou me arrepender logo mais, porém a única coisa que eu não aguentaria seria te perder, isso não. Não posso. Sabia exatamente tudo que eu queria que soubesse, as palavras fluíram fácil enquanto esteve longe, era já gravado e quase decorado de tanto que eu pensava a respeito. Mas quando eu te vi, aquelas palavras já nem tinham mais tanto sentido assim. Tudo era tão frágil e bobo, estava gostoso ficar ali.. encasulada nos seus braços, sua respiração no meu peito, sua voz. Tudo que já estava na minha cabeça perdera o sentido. Não queria mais falar, queria brigar com as horas e pedir um pouquinho mais. Risadas de coisas bobas e sérias, a gente é assim. Momentos de silêncio que o ventilador sismava em romper, detalhes bobos, voz incerta, palavras desconexas e nada de coragem. Mas eu precisava dizer, não posso mais sozinha. Tudo tá tão pesado sabe? Não posso mais, não sozinha. E seria capaz de te prometer as coisas diferentes dessa vez, se você quisesse. Mas sem você? Eu desisto. Sempre é aquela pessoa que eu penso em ligar quando to feliz, triste, entediada e sei lá mais o que, e nunca o faço. Medo? Insegurança? Pavor? Sinceramente não tenho todas as respostas para as coisas que acontecem comigo. Depois de tudo feito e quase tudo falado eu não posso voltar a trás, preciso olhar para frente e seguir. Porém quero sempre olhar pro lado e te ver lá, não me deixe. É a única coisa que eu te peço, por favor. Seu cheiro ainda tá pelo meu quarto e em mim, o lugar que você deitou ainda do mesmo jeito, intacto. E agora, eu me pergunto se o meu sentimento ficará intacto depois disso? Quanto deve mudar? Quanto não mudará? E tudo pode mudar, mas é do seu cheiro e do seu beijo que não saem da minha cabeça.

"... Quero ver como tudo é la fora, mas você ainda não me deixa entrar por medo de também querer (...) Mas se eu fosse você, daria uma chance pra tentar...Sophia...
Quero saber o que sente agora, se ainda sonha ou continua a pensar que nada disso vai valer. Ainda não sabe me dizer direito se me deixa ou se me põe no peito eu sei. Tem medo de se arrepender sabe aqueles dias que nunca vão se apagar (...) Quando eu vi você, não soube o que falar por medo de ouvir uma resposta que iria me fazer ficar. E se eu fosse você daria uma chance pra voltar...quando eu ver você, queria uma chance pra ficar.." (Sophia - Esteban Tavares.) 

domingo, 11 de dezembro de 2011

"..Com esse olho em carne viva, retalhada e esse nariz que não para de escorrer.."

O telefone toca. Ela atende, e uma conversa estranha e conturbada se segue. Uma discussão. Pronto, resolvido e o 'tudo bem'. Ela desligada, entra para o banheiro liga o chuveiro e verifica a temperatura da água. Espera mais um pouco, se olha no espelho e não se vê. Um olhar que um dia era brilhante e o sorriso que chegava nele ali não está, o que tem nele é um fosco e nada de alegria ou contentamento. Em baixo dele marcas de quem não descansa ou não dorme bem há dias, olheiras roxas que a menina nunca tivera. Um sorriso forçado e nem ele brilhou, muito menos os olhos. Ondas arrasadoras tomaram a cabeça dela, aquela dor em seu peito se mexeu e ela abaixou a cabeça. Lágrimas lhe escorriam dos olhos e ali começara uma crise de choro que parecia ser interminável. Levantou a cabeça e encarou-se mais uma vez em frente ao espelho e repetia para si: ' Eu sou forte, eu  consigo. Já passei por dores maiores. Eu consigo. Foco, força e fé. ' Não, ela não acreditou e chorou. Aquilo doía, cada lágrima que saia dos seus olhos doíam, e sua cabeça que estava sofrendo uma enxaqueca já fazia dias e dias doía mais ainda. Foi caindo lentamente no chão daquele banheiro pequeno e chorou. Sua mão tocou o a água que caia chuveiro que já estava aberto faziam alguns minutos. Ela entrou de roupa e tudo naquela água que era a coisa mais acolhedora que tinha encontrado faziam dias e mais uma vez chorou. A água quente e envolvente foi lhe tomando o corpo, molhando dos pés a cabeça. A menina foi tirando a roupa devagar. Primeiro o moletom do frajola, depois a blusa do pijama, o short e as peças íntimas, agora aquela água quente e acolhedora envolveu-a por um todo. E a crise de choro perdurava, seus músculos da barriga e das costas doíam, sua cabeça também. A água continuava a bater nas costas dela e sua cabeça na parede, sentimentos que tinham sido guardados para horas exatas ali ardendo e sendo colocados no limite. Mas ela já não tinha mais força e foi caindo lentamente. Estava sozinha, sentia-se sozinha quase que impossibilidade de sair daquela posição. Joelhos no queixo, braços segurando o tórax, porque parecia que ele iria romper e as vísceras dela cairiam ali e ficariam expostas para quem quisesse ver. E ela se sentia sozinha, abandonada, cansada de ser segunda opção e precisava de alguém qualquer um que a ajudasse, que fosse capaz de ir ali e tirá-la daquele estado. Ninguém. Ninguém estava ali, ninguém iria aparecer e parecia que ninguém se importava. Ela estava sozinha. E ela não queria ajuda.
Aquilo doeu, e ela resolveu levantar. "Não, não posso ficar assim. Sou mais forte que isso não posso", e repetia para si quase num sussurro de voz embargada. Mas ela ficou e ela estava. A solidão companheira fiel estava instalada ali. "Vê? Você está sozinha garota. Não tem ninguém. Pára de ser boba e se preocupar com os outros. Pára de fazer com eles o que eles não fariam por você. Por isso é segunda opção sempre. Pára." a solidão lhe falara aos berros. A menina não ouvia, as ondas que estavam na sua cabeça eram mais altas, e ela já não sabia o que fazer. Decidiu acabar de vez com alguns sentimentos e atitude. Era isso. Ela resolveu o que precisava ser feito e iria fazer, não importando qual preço. Desligou o chuveiro, não pegou a toalha e foi para o espelho, limpou e se olhou com uma cara que transbordada uma certa determinação olhou e disse: 'Tudo passa.".E com aquilo não seria diferente.  

Je ne sais pas

O incoerente me cobra coerência todo o tempo. Tudo precisa fazer sentido. Mas hoje não. Hoje nada faz sentido. Muito menos isso aqui. Coerente, mente. Olho em volta, vejo tudo, quero nada. Levanto, mecanicamente, engulo um alimento, não sei o gosto. Acordo, executo, cumpro, durmo, busco, busco. Busco. Canso.
Enfastio-me de mim, me puno, não me quero. Me amo. Me vejo por todos os ângulos secretos. E gosto. Desconfio, não divido, tenho medo, bicho assustado. Parto pra cima, arranho até sangrar, bato com força só para ver sua cara perplexa, bicho selvagem. Fico acuada num canto, desnuda. Vazia. E busco.
Os lábios se movem e eles falam, eu não entendo. Os braços se abrem e eu corro, eu não entendo. Tudo previsível e marcado, e eu aflita. Pálida por fora, gritando por dentro tão alto que ecoa e reverbera e se mistura com as mil vozes dizendo "certo-errado", "especial-corriqueiro", "possível-impossível". E eu me confundo. E te confundo.
Je ne sais pas, das versteche ich nicht, I don't fucking know, no entiendo, aku tidak mengerti, eu não entendo, em todas as línguas.

Priscilla Leone.

Desanimo, fraqueza, confusão, incerteza, medo, dor, cansaço, estou farta. Já posso desistir e abrir mão das coisas que um dia foram minha prioridade? Preciso de um tempo meu, só meu. Me desligar de tudo isso que me corrói e faz sangrar. Não sei o motivo ao certo disso tá pesando no meu peito e fervilhando na minha cabeça. E para mim, agora, nada faz sentido. Não me cobre por algo que você não foi capaz de fazer. Eu quis, eu lutei, eu me fiz, eu chorei. Agora o tempo está tic tac tic tac, e ele não para e continua me cobrando.. Não dá. Preciso de uma posição/decisão urgente, quero minha vida de volta, quero uma cabeça tranquila, um dia de preguiça e um afago. Ser incompreendido em busca de compreensão a modo de não deixar as coisas ficarem perdidas no tempo, assim por ser. Não gosto das coisas mal resolvidas e muito menos do 'deixa pra lá', não. Resolva, assuma os erros e erga o queixo. suas decisões, suas derrotas, suas vitórias. É assim e sempre será. Eu e Mim já tão voltando, e quando voltarem espere pela revolução. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Isso também passará...

"...Eu não vou mais ficar aqui paralisado pela incerteza, desesperado pela solução
E de tanto esperar o que nunca vem, o que nunca vai mudar, eu sei
Cada vez eu tenho menos tempo pra perder, me preocupar com tudo aquilo que não me faz bem
E o que não me faz bem nem sempre é possível esquecer
E o que não me faz bem o tempo faz questão de me dizer que não volta mais..."


Cada vez mais eu tenho a certeza que Tudo passa. Já dizia a história do velho Rei que pediu um conselho ao sábio pois se sentia perdido, confuso e que precisava ter paz de espírito, disse o rei para o sábio "Preciso de algo que me faça feliz quando estiver triste e triste quando estiver feliz." E o sábio pediu para que fizessem um anel para o rei com a inscrição "Tudo Passa", e o mesmo pediu para que o rei não visse aquela mensagem e que se abrisse por mera curiosidade aquilo não faria nenhum sentido, era para vê-la quando sentisse realmente necessidade e parecesse não haver mais esperança, e o rei assentiu com a cabeça e colocou o anel no dedo. Houveram épocas que o reino entrou em guerra e parecia estar tudo perdido, mas ainda não era o fim. O reino estava perdido, mas ainda havia chance para recupera-lo. Os inimigos do rei o perseguiram e ele precisou sair do reino para se salvar, o cavalo que o rei estava fugiu e ele prosseguiu a pé. E os inimigos em seu encalce. Com os pés já sangrando dá de cara para um abismo, e os inimigos cada vez mais perto e o rei ainda pensa que não é o fim e não é o momento de ler a mensagem. No abismo, leões o esperavam lá em baixo e o inimigo muito perto e o rei decidiu ler a mensagem "Tudo passa", era o que estava escrito em seu anel.  E o rei relaxou, o inimigo mudou de direção e o rei conseguiu se salvar. Voltou a seu reinado e o conquistou outra vez. E com seu país em festa, releu a mensagem "Tudo passa" e aquilo também iria passar, e relaxa outra vez e obtém paz de espírito e sabedoria. 
Precisamos lembrar que qualquer situação seja ela boa ou ruim, dura ou fácil, feliz ou triste isso passará. É necessário viver todos os momentos para se obter sabedoria e não pode largar e abrir mão da luta e sempre lembrar "Tudo passa", seja a derrota ou a vitória. E mesmo que a vitória passe, é preciso ter mais e mais força para conseguir vencer outra vez. Inimigos e leões há de ter sempre, e sempre. Mas as vitórias nas batalhas só depende de nós mesmos. Lute, se orgulhe se si mesmo e vença. 
Carpe Diem. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Olhe para sua frente, saiba caminhar.

Ela saiu por aí. Sem destino, andando e olhando cada rosto que passava por ela e nenhum deles era conhecido, tentou guardá-los em sua memória e encher sua cabeça, que estava anuvia, com essas bobagens do trajeto. Observou pássaros, árvores, pedrinhas de construção, terra, lama, água, uma folha caindo da árvore tão lenta e tão em paz, animais, carros, prédios em construção e caiu em si. Sentiu dor, mas não dor psicológica, física. Suas pernas queimavam, suas costas ardiam e ela veio em si e percebeu que estava longe de casa com uma mochila pesada e cansada. Desejou sentar ali mesmo, no meio fio daquele lugar que hoje era qualquer. Não o fez, com a cara péssima que estava capaz de receber esmolas dos que passavam pela avenida. Colocou a mão no bolso: três chaves, dois bichinhos que a fazem sorrir e quatro moedas que juntas somavam R$ 0,80, o que com certeza não era o suficiente para voltar pra casa. Apalpou a mochila e desejou que tivesse mais dinheiro por ali e nada. Resolveu andar mais um pouco, e foi. Voltou ao estado desligado para si e o mundo passava depressa e ela olhava tudo que passava, era rápido mais a cabeça dela processava aquele dia devagar. Lentamente, tentando absorver o máximo. Carros, buzinas e mais pessoas, prédios concluídos e sirenes. O cenário mudará, já não tinha tanta paz com aquele caos urbano. Os fones que antes só cantarolavam baixinho parecendo música de fundo, como se estivesse na sala de um dentista, agora era uma música pesada com guitarras, berros e a bateria estrondosa. Mas os pensamentos ainda estavam ali, escondidos e ela desligava-se para eles, como quem não se importa. Passou no banco, encontrou uma colega. Esta lhe mudará o humor e aos poucos foi ligando-a pois a mesma não parava de tagarelar. Monossilabicamente ela tentava acompanhar aquilo tudo, e as palavras estavam lhe fazendo mal. Começou, a dor lhe veio e quis penetrar, perturbar, arranhar, e fazer sangrar. Ela ainda não se deixava atingir por aquilo que a corroía, e começou a prestar mais atenção as coisas ao redor. Saiu dali com sua colega e foram, andaram, conversaram, riram de coisas bobas, compraram e se despediram. Ela entrou, finalmente, na condução que a levaria para casa. Hoje em especial o caminho foi rápido e silencioso. Sem carros, pessoas, cães, gatos, ondas do mar. Só o freio que chiava a cada sinal de um novo passageiro. Ou era só isso que conseguia entrar agora nos seus pensamentos tão espessos e doloridos. Chegara. Finalmente estava no seu lugar. A primeira coisa foi acender o incenso que comprou e o aroma tomou o lugar. Um sorriso de canto da boca apareceu. Foi para o banho, e hoje em especial a água fazia muito barulho, aquilo a distraiu mas a dor continuava pesando e ferindo, fazia sangrar. Os minutos passaram e a água ainda lhe batia nas costas. Ela por fim deixou os pensamentos invadirem sua cabeça como búfalos selvagens correndo do disparo do caçador e invadiram sem pena, não foi sutil e nada lento. Arrebentaram com suas estruturas e pronto. Ela se calou, fechou a água e saiu engolindo o choro. Colocou uma roupa e com coragem ligou o computador. Notícias e bobagens. Nada foi o suficiente novamente para distrair. Nada. Até que o telefone toca. Um nome. Uma frase. Doze letras.  Aquilo mudou sua noite e a dor se esvaiu e diante do que foi lido se guardou. E por fim a menina vai descansar. Em paz? Não, em poucas horas tudo outra vez. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Versus

Razão x Emoção. Quem vai ganhar dessa vez? O tempo tá sussurrando no meu ouvido 'tic, tac, tic, tac, tic, tac..' Cada vez mais rápido e preciso. Minhas mãos atadas, junto com meus pés, cabeça e coração. Decisões não são fáceis quando se tem nas suas mãos não apenas o seu destino, e o  que fizer vai interferir não só a você mesmo.. mas as pessoas que você ama. E aí? Nessa hora o que fazer? Tornar-se um ser frio e egoísta vai ajudar em alguma coisa? Posso pedir para alguém escolher por mim e só viver? Não. Eu preciso, isso não pode fugir das minhas mãos. Minha decisão, e ficar de queixo erguido seja quais forem os resultados. Eu sou forte, já passei por coisa pior. Posso aguentar, mas ainda não sei o que fazer. Abandonada por Eu e Mim, com tudo isso só para mim, elas precisam voltar, você precisa me dar sua posição e eu decidirei enfim. Não, provavelmente eu  tomarei a frente como todas as vezes, a decisão. Eu na verdade só precisava do seu colo e carinho agora, para eu não ser tão fria. Estou fria. Estudando possibilidades, inventando desculpas e acreditando que tudo vai ficar bem seja qual for. Um 'sim' e um 'não', definindo mais uma vez minha vida. Ser forte? É só questão de opinião. Certo e errado depende somente de onde se tira o referencial. Sorte para mim, para você, para nós. Sem mais.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Contagem regressiva? Part. II

Uma ideia martelando na minha cabeça. Dias, relacionamentos, pessoas, vida, tempo tudo contado de uma maneira regressiva. Elas chegam marcam e vão embora. Os relacionamentos vêm nos fazem felizes e depois com ondas arrasadores fazem questão de despedaçar cada centímetro daquilo que se chama 'coração'. Se nos acostumássemos com a ideia que o sempre e o nunca não existem e que o certo e o errado é apenas questão de referencial a vida seria simplesmente mais sutil, bela e hormônica. O fim doí, e junto dele vêm lembranças do que já foi e a saudade essa dorzinha inevitável aparece de quando em vez só para dizer 'hey, eu to por aqui.. lembra de mim, certo?' E não saudade, não queria lembrar de você. A validade dessa minha relação já foi, não posso voltar. Os dias se acabarem, agora é olhar e seguir. Aprendi que se viver olhando para trás é a mesma coisa que olhar para frente de olhos fechados. O passado nos cega, nos corrói, machuca, claro que junto dele vêm coisas boas.. porém a grande maioria faz a saudade vir e dizer a frase favorita 'lembra de mim?' Pois é. Eu e Mim andam sumidas, me abandonaram em uma época difícil, me deixando assim fazer o equilíbrio por mim mesma. Não, eu não consigo. Claro que vou conseguir. Sinto falta da briga de ambos pelas questões me fazendo decidir depois de pensar pela melhor. Uma escolha, muitas vidas e principalmente a minha. Não sei se vou, se fico se sumo. Se grito até ficar rouca, louca, boba, não. Silenciar, equilibrar, pesar, decidir. Só isso, eu sei que você consegue e a Eu e a Mim voltaram em breve, sinto falta delas. Preciso delas. Papo de maluco? Quem sabe. Só insisto, quando alguém chegar na sua vida aproveite cada segundinho ao lado dela, os dias estão sendo contados regressivamente, e eles não perdoam. São descontados sem dó e nem piedade fazendo ir embora as horas, guardando lembranças e só fazendo questão de num futuro não tão breve nos fazer pensar que poderia ser diferente por algum motivo. Carpe Diem, duas palavras que definiriam todas as outras que usei para montar mais esse desabafo não tão pessoal.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sintomas

E com um grito oprimido fora da realidade que nunca foi imaginada teve-se dor e pesar, choro e tristeza e nada se resolvia a dor permanecia e a apatia tomava o lugar e doía como se tivesse arrancando o coração do peito numa força súbita do ódio, rancor e desesperança. Sangrou e doeu, a dor maior era pela ausência corrompida por meros espaços de tempo e com ondas arrasadoras de amargura. Nesse momento não só o corpo doía ele entrava numa realidade quase súbita e mortal de torpor. Lutava, tentava sair e pronto, afogava-se naquele mar escuro e denso. Escuridão, dor, pesar torpor tudo isso agora fazia parte do mundo dela, sangrava: e aquilo eram lágrimas misturas com a chuva que estava vindo. Aquela dor era saudade. 






Shinigami 

domingo, 20 de novembro de 2011

Caminhos, destinos, pra onde vão?

Tudo sempre dá certo no final, mesmo que eu não acredite mais na palavra sempre, mas é preciso percorrer um caminho muitas vezes doloroso, cheio de espinhos, pedras imensas. E o que isso nos proporciona? Força, fé, garra, vontade de ter aquilo que mais deseja. Mas e quando você vê que seu caminho tá te levando a um lugar que você sabe que já não pode mais lutar, que não pode mais interferir? Desistir? Não desisto com facilidade, não abro a mão assim, só por ser. Preciso de motivos concretos, físicos, reais. Me dê e pronto, essa sou eu desistindo de lutar por você, desistindo desse sentimento que me domina e me fascina toda vez que eu te vejo e te devoro dentro de mim. É simples, me olha nos olhos e diz que não quer, fala que não terão outras chances, que não me deseja. E pronto, está feito. Eu tenho domínio pleno do que entra na minha alma, sou dona dos meus pensamentos e sei fazer isso. Mas eu preciso que isso venha primeiro de você, me diga. Vai diz, o que foi? Não tem coragem ou está em dúvida? Tem medo de me perder? Não vai me perder, pode ser que perca um sentimento lindo, verdadeiro e enorme. Tem medo de se arrepender? Pode ser que no dia que se arrependa eu já não esteja mais aqui, ou pode ser que tudo o que eu sinto por você esteja em uma das minhas várias caixinhas, guardado esperando o dia que você caia na real e veja o quanto eu quero te fazer feliz. Você não vai me perder, prometi ficar do seu lado. E vou. Porque eu quero. Não vou te deixar.

sábado, 19 de novembro de 2011

"...pois que seja fraqueza então.."

Tenho vontade de te dizer absolutamente tudo que eu digo deixar pra lá só para ver qual vai ser sua reação. Ultimamente tenho me controlado, respirado e pensado muitas e muitas vezes antes de falar. Não sei, só acho que não devo. E sabe o porque disso tudo? Pelo simples fato de ter medo de perder você. Doeria, e muito. Não quero, e nem posso imaginar. Meu rosto fica quente só de pensar, minha garganta trava, meus olhos embaçam e não, não quero ficar sem você. Seja do jeito que for, só te desejo ao meu lado. Apenas. Como amigos, caso secreto, apaixonite, tanto faz. Sério, só não me deixe. Eu tenho medo, e eu assumo isso. Não é feio, é? Pode parecer fraqueza da minha parte, ou covardia mas tenho medo de colocar a perder quando eu penso em te dizer tudo. Tudo o que eu penso sobre você, sobre a gente, sobre coisas que eu acho que poderiam acontecer, sabe? Tudo. Tenho medo daquele ter sido o último beijo, fiz questão de escreve-lo e torna-lo impessoal, só para que eu possa ver a cena quantas vezes eu quiser. O tempo passa depressa, as vezes acho que é birra comigo, quando eu vejo: pronto, você tá indo. Horas que parecem ser minutos, ainda mais quando estamos num momento bom, aí sim que ele voa e vai depressa. Será que um dia pode voltar a ser o que era? Será que um dia vou olhar para você e não sentir vontade de te abraçar e ficar ali imersa no seu abraço? Será que um dia poderei olhar só com olhos amigos? Muitas perguntas sem respostas, muitas perguntas você poderia me responder, e porque não responde? Medo? Indiferença a minha curiosidade? Fraqueza? Não sei, e você sabe?







p.s:  i love you.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"...Ás vezes te odeio por quase um segundo,.."

Ok, você me deixa sem ar. Você me deixa brava com coisas que eu não ficaria normalmente. Você me faz fazer coisas por você que eu não faria por ninguém. Você me faz forte. Você me faz  frágil. Você me faz querer lutar e lutar para vencer, não apenas competir. Você me faz manter o controle de coisas que eu não queria controlar. Você me faz feliz. Você me faz infeliz. Você me faz sonhar. Você me faz querer. Você me faz poder. E não, não posso ficar assim, por alguém que diz não sentir, mesmo eu sabendo que não tem tanta verdade nisso. E estou sim, brava. Por isso to falando/escrevendo isso tudo. Droga. E mesmo sabendo que eu não posso, eu quero. E não me importo em querer, porque é real por mais abstrato que seja. Não era para ser assim. Não era para ficar assim. Eu sinto sua falta, eu me preocupo com você, eu quero ficar perto de você, eu quero deixar que isso deixe de ser aos poucos, não quero lutar contra. Não me faça lutar contra. Só deixe ser, "...e não há tempo que volte amor, vamos ficar tudo que há para viver, vamos nos permitir...". O tempo corre amor, e ele tá passando. Só pegue minha mão e vamos nos deixar ser, eu te prometo: não vou te machucar. E se o fizer, não será intencional e farei questão de dar-te umas dúzias, milhões, milhares de rosas vermelhas, lírios brancos, orquídeas, tulipas sejam lá quais forem ou beijinhos e carinhos. Não importa. Só deixa eu ficar perto de você, não me afaste e nem me tire da sua vida. Deixa o tempo ser o único responsável por isso. Eu já não sei viver sem suas crises, sem suas loucuras, sem suas caras de brava, sem seus sorrisos, sem seu cheiro, sem seus olhares. Só te peço isso, não me deixe ir. Por favor.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

"...Batendo junto ao meu, como se fosse o meu.."

E era tudo o que eu sentia. Seu coração batendo, sua respiração e eu tentando acompanha-la. Eram ritmos diferentes, eu respirando pelo nariz e você pela boca. Meu coração nas suas costas, minhas mãos nas suas, meus pés nos seus, seu cheiro me deixando levemente tonta, e eu só conseguia pensar como era bom estar ali, realmente o mundo poderia ter acabado naquele momento e eu nem ia me importar. Seu cabelo no meu rosto, poderia estar me afogando, e estava mas eu não me importava. Era frio, era calor e não sabíamos mais o que era. Respiração e coração forte a cada movimento desconhecido. Um mix de sentimentos e eu só queria estar ali. Carinho, respeito, encantamento, saudade todos juntos num único momento. Mais um movimento e um segundo sem qualquer razão e a impulsividade transbordando do meu corpo e não vi mais nada. Agora o mix estava maior, além de todos os outros, juntou mais saudade, desejo, química. Um beijo. O mais esperado dos beijos. O mais desejado dos beijos. Saudade. Vontade. Paixão. Desejo. Apenas. Ou tudo isso? Não sei, mas não me arrependo. Só sei o quanto eu desejei aquele momento, o quanto eu quis, o quanto eu estava feliz com aquilo. E não, não me arrependo. Será que sentiu o mesmo? Será que está se sentindo mal com o que aconteceu? Será que deseja mais momentos como aqueles, cheios de perfeição e carinho? Não vou fingir, não quero que finja. Você sabe perfeitamente o que eu sinto, acho que até demais. Eu não vou te machucar, só quero cuidar de você, quero tá perto para viver sua felicidade, quero só ser, sabe? Só não saia de perto de mim. Eu preciso de você, não me deixe.



"Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that's so hard to bear..."




domingo, 13 de novembro de 2011

Quaisquer palavras

   Desistir. 
                                      Quando se sabe a hora? 
             Até quando lutar?
                                                                     Até quando ser forte e aguentar?
                                            Até quando?


Queria ter respostas, mas só tenho perguntas. É um coração, um vazio e uma solidão. Sabe quando eles são preenchidos? Com seu sorriso, sua presença e seu olhar que na verdade não me mostram nada. E tento me enganar, fingir que to arrependida de ter te conhecido e ser somente uma coadjuvante. Mas quem disse que quero e consigo. Não, não quero. Você foi a pessoa responsável por me tirar de um torpor, de uma vida mórbida e sem cor. Escutou? RESPONSÁVEL. Vê? A culpa do que sinto não é minha, é sua. Não queria que fosse assim, com todo esse encanto magnífico que chega a ser irritante. Não sei para onde estou indo, não sei para onde você vai. Para não sofrer tanto quando você for embora conto os dias regressivamente mesmo não sabendo quantos faltam,não queria que fosse. Mas é a vida e é assim que as coisas acontecem. Pessoas vão e vem, e o tempo inteiro. Mas sei que tem aquelas que você não quer soltar a mão, e mesmo quando solta é para os olhos que continua olhando e não para o chão, para trás ou desvia para outra coisa, isso é confiança. Em você, em mim, na gente. As coisas voltam. Pessoas também. É só questão de tempo. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Faz sentido?

A água estava quente. Batendo na minha nuca. Mãos na parede e a cabeça nela também. Uma música "...então me abraça forte, e diz mais uma vez que já estamos distante de tudo...". Uma lágrima. A vontade de liberar todas elas estava lá. Não tinha força. As contive. Mim e Eu se calaram e observaram. Não sabiam o que fazer. se me ajudavam a liberar o choro contido que já está ali faz tempo ou se me ajudavam a ter forças para conte-lo. Me atrapalharam porque contive o choro. Queria ter liberado tudo que tá pesando no meu peito, que tá corroendo e fazendo mal. Não consegui. Contive. Desliguei aquela água quente e que me dava um conforto e uma proteção que pareço não ter faz tempo e peguei a toalha. Sai. Coloquei minha roupa e vim encarar o mundo fingindo que nada estava acontecendo. Mentira, tudo tá acontecendo. Parece que de uma vez só. Você mudando, eu mudando, ela mudando, nós. Será que é possível eu pegar pra mim? Isso não me pertence. Desde que esteja feliz, por mim está tudo bem. E nada faz sentido. Os assuntos se misturam.
Uma frase tem batido na minha cabeça e cada vez mais fazendo sentido " Você é egoísta e eu altruísta. Qual a chance de isso dar certo? "
Mas sempre tento até onde eu considero ser o fim. Eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo. Sou dona de mim, do meu corpo, alma e coração. Nada se vai ou vem sem minha autorização. Nada. Mas acho que queria um último beijo. Só para poder lembrar.
Lembranças mesmo que dolorosas nos fazem crescer e nos tornar melhores ou pelo menos mais frios. E disso, pode parecer que não, mas entendo. Tenho muitas cartas para você. Mas não tenho coragem de lhe mostrar nenhum deles. E não busco essa coragem dentro de mim. Um dia quem sabe quando estiver pronto para isso. Quem sabe, eu não sei. A única coisa que tenho certeza é que o tempo tá passando e estamos perdendo tempo fingindo que não há nada. Só.

sábado, 5 de novembro de 2011

Contagem regressiva?

E são nessas horas que eu fico perdida. E não sei se vou ou se fico. 
Indiferença vai resolver?
Ficar perto e dar atenção vai resolver?
Analiso, tento, ajudo, leio nas entrelinhas, deixo você me machucar, te curo e nada. Nada se resolve. 
Não sei. E fica aquilo "...E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais(...)Nem revirar um sentimento revirado/Mas toda vez que eu procuro uma saída/Acabo entrando sem querer na tua vida... " 

Daí mais uma vez me vejo na corda bamba, ou eu caio e levanto sacudo a poeira e começo outra vez ou eu luto mais um pouco.  Não te cobro nada, não julgue essas palavras e nem desonre meu nome. É uma luta pessoal, e só eu posso ganhar de mim mesma. Sou dona de mim, do meu corpo e alma.
Toda vez que to perto de tomar uma decisão vem você com meias palavras e me deixa assim, com vontade de ver qual é, de lutar, colocar a cara para bater e ver se vai aproveitar comigo o tempo que nos resta. Não adianta dizer que as coisas não mudam ou com o tempo os laços não afrouxam, sim mudam o mundo gira num segundo e está lá, as decisões que não voltam, palavras que já foram ditas e que não podem ser retiradas.  Falta pouco meu bem, percebo cada vez mais que a vida é feita de contagem regressivas e o tic tac do relógio não para, não mesmo.




"Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure"










P.s: eu te amo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sorriso.

Me pego várias vezes pensando no seu sorriso. É, nele mesmo, tão estudado por mim. Sei definir todos eles. Sei qual deles formam covinhas e quais são por ter que sorrir. Sei quando eles são de verdade e chegam nos olhos, sei quando foram apenas para sabe.. por ser. Ele é lindo. Quando sorri parece que o mundo para por alguns segundos e ali está, luzes. Brilhantes e lindas. Lembro de quando aquele sorriso era meu. Ou pelo menos pra mim, ou por minha causa. Sinto falta. Acordo e percebo que to te olhando como idiota, e sem graça desvio meu olhar e penso em outra coisa só para não sorrir também. Se fossem apenas seus sorrisos estaria tudo bem. Mas não. Até quando? Será que vou precisar lutar contra? Ou você vai lutar comigo ? Do jeito que for do jeito que quiser, agora não importa. Percebi que estar do teu lado é a melhor coisa. E não to nem ai para como vai ser. Só quero estar, por isso to deixando ser. Dúvidas, incertezas, tempo curto e que passa depressa. Sonhar? É o que eu faço de melhor. E esperar? É o que to aprendendo a fazer.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Apenas mais uma de amor?

Poderia definir cada traço do seu rosto e como ele modifica a cada sorriso, saberia interpretar tuas vontades pelo teu olhar, saberia te fazer feliz  e faria como se minha vida dependesse disso. Saberia falar todos os seus sorrisos e motivos. As vezes desconfio te odiar, odiar a saudade que deixa no meu peito, odiar como me deixa quando eu te vejo, odiar o quanto eu nunca consigo deixar te de procurar nem que seja para tomar um fora ou só dizer oi, odiar o quanto me deixa preocupada e com uma ânsia enorme de saber como você tá, odeio o fato de pensar em você 30 horas por dia e odeio muito o fato de sonhar com você. Sonhos tão lindos e perfeitos que dava um quase tudo para vivê-los. 
Poderia me dizer como eu faço para te esquecer?
Poderia me dizer como eu faço para mudar isso tudo que eu sinto por você?
Poderia me dizer como eu faço para não ficar tão desconsertada quando eu te vejo?
Tem as respostas?
Eu não tenho, e ultimamente nem tentado esconder não tenho, fica assim estampado na minha cara, nos meus olhares e atitudes. Nas linhas e entrelinhas.Será que percebe? E é tão errado assim? Proibido, seria a palavra? Não. Destino, ele nos guio mudou a direção e agora? O que ele nos reserva? Não sei. 
Uma hora muda, e tudo volta a ser uma coisa que nunca foi.
Só duvido que seja cedo...




 "..Mas se eu fosse você, daria uma chance pra tentar..."

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"..You give me Fever..."

Eu dormi. E acordei de um sonho maravilhoso que eu daria quase tudo para ser verdade. Era você, eu e uma venda. Você sentava e eu te vendava. Seu sorriso era aquele, que eu gosto, tímido, meio sem jeito. Já não dando para ver, eu te beijava rapidamente e sua boca ainda procurava a minha com urgência. Eu sorria. Passava a mão pelos seus cabelos, descia até sua nuca, beijava seu pescoço e orelha. Você tremia e um arrepio por todo o corpo. Parecia um sonho estar ali. Mas era um sonho. Como eu desejei ser real. Senti o gosto do seu beijo, seu perfume tão conhecido, seu toque no meu braço tentando conter minhas mãos ou direcioná-las. Quis voltar a dormir só para sonhar mais um pouquinho. Quis que estivesse ali, nem que seja para segurar minha mão, de qualquer jeito... tímido, não tímido.. tanto faz. O que importa é ter você por perto, seja como for. Sua presença me faz bem, me dá vida. Não saia de perto, por favor. Prometo não te machucar mais, não fazer sangrar, te fazer rir mesmo quando quiser chorar e mesmo que eu sabia que não irá, tenta-lo-ei de todas as forças, só quero fazer-te feliz. Me permita viver isso, nem que seja até amanhã, semana que vem, pelo próximo vez, ano, milênio.. tanto faz. Só quero que esteja por perto. Só. É pedir muito?



"Never know how much I love you, 
                                                                Never know how much I care. 
When you put your arms around me
 I get a Fever that's so hard to bear..."

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

É só um relato para um começo.


Fim de jogo. Fim de um ciclo. E sim, eu quero acreditar nisso. Quero olhar pra frente e viver sem essa angústia e dor que habitavam em mim,só quero saber o que me fez aprender, me fez chorar, me fez lutar, me fez sorrir, me fez amar. Só. Sempre será lembrada, mas com carinho. E não com uma saudade de uma coisa que não estava nem ai pra gente. Amanhã o dia vai começar diferente, com um azul mais azul.. mesmo que o céu esteja coberto de nuvens cinzas. Espero que essa leveza e alegria durem pra gente, espero que nada disso torne acontecer e que nossa amizade, seja eterna. Ela é forte. Era um sentimento lindo, e sempre que eu eventualmente contar a história vou pensar ' Nossa, eu vivi quase um Romeu & Julieta ou uma história dessa que não tem final como um livro que faltam páginas '. Esperamos, lutamos, e aprendemos que elas não estavam ali por não encaixarem mais, estavam perdidas num destino que nos fez querer mudar. Num destinho que um dia foi ingrato conosco e nos fez sofrer.E tem certas coisas que nunca vão mudar, aquela música que a gente vai ouvir e lembrar de tudo o que aconteceu. E só te peço, não lembre com raiva.. sorria e diga ' Valeu a pena ' e aconteceu o que era para acontecer. Destino, uma vez ingrato, uma vez libertador. Agora quero que ele nos leve para caminhos mais  felizes. Que o sol brilhe, que o azul amanhã esteja lá no céu para eu poder olhar e dar bom dia e simplesmente sorrir. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Até quando?

Nessa hora tudo se encontra no limite: da loucura, da dor, do choro, da saudade, da falta, da abstinência, da normalidade. Uma vontade louca de chorar fica pesando  no meu peito. Eu não posso. Não mesmo. E não vou. Deixa ficar pesado. Deixa. Ninguém se importa, nem eu mesma. Sinto como se tivesse enlouquecendo, não pertenço a esse lugar. Tudo dói, machuca e faz questão disso. Não agüento. Fraquejo, pelejo e aguento. E dói. Só eu sinto. Você não se importa. Eu e Mim choram aqui dentro, e tento conte-las. Elas não se agüentam e caem num pranto e me pedem abrigo. As abrigo. A dor do meu peito se torna maior. O peso se torna maior. Tudo maior. Nesse momento eu choro. Mas ninguém vê. Choro por dentro, choro pela alma, choro por você. Eu choro e ninguém vê.  Ninguém. Palavra pesada essa. Mas eu não tenho, não é mesmo? Não posso contar, não tenho para onde correr. Não tenho abrigo. Nada. Palavra que ao mesmo tempo é nada é tudo. Tudo que não é nada. Poderia ser alguma coisa. Desabafo. A dor convém a melhorar, mas Eu e Mim continuam pedindo abrigo. Até quando. Até quando? Não sei. Resisto . A corda vai aos poucos cedendo, e cedendo. É principalmente nessas horas que me dá vontade de pegar o telefone, chegar até você e dizer. Dizer, dizer. Falar tudo. Fazer você ouvir. E querer ouvir uma resposta, nem que seja apenas para você dizer que foi bom e que já passou, “não haverá outra chance”. Evitaria me fazer esperar, me fazer sonhar, me fazer querer. Me fazer. Fazer, não posso. Temo. Choro outra vez pelos meus medo.  Novamente ninguém vê. Não podem. Não saem lágrimas, mas sangro por dentro. Tudo dói e arde. Tenho medo da corda ceder de vez e eu fraquejar. Limite? Até quando.

domingo, 16 de outubro de 2011

Foto? Não, fato.

Apenas palavras soltas, ideias bobas de uma garota tola.

 Confusão. Negação. De-negação. Fabulação. Ação? Não. 
Se você ao menos soubesse o quanto está tudo tão mexido, bagunçado, desorganizado, louco. Loucura? Estou a beira dela. Não consigo parar de pensar. Entre o 'certo' e o 'errado', conceitos esse tão inconstantes, tão banais até. O que é certo? E o que é errado? Naquele momento era o silêncio do mar, o silêncio do vento, o silêncio da minha respiração pesada da força que estava fazendo ao correr na areia gelada e completamente molhada pela chuva, sentar, joelhos nas costelas, e o barulho dos  pensamentos. Que barulhos. A chuva continuou, o frio chegou, 'não adianta, ninguém virá te abraçar e tirar dai', disse a Eu para a Mim. Elas discutem e brigam o tempo todo, não aguento. Quero fugir. Não posso, você pode? Não sei, pode? A Mim não quer acreditar, mas a Eu é a melhor pessoas para estar com ela, em todos os momentos. Elas não dão o braço a torcer, mas são mais parecidas do que pensam. Ambas gostam assim como eu de escrever. E me pergunto porque disso. De escrever, óbvio. Porque? Não sei responder. Só sei que me sinto bem depois de colocar no papel, na tela tudo aquilo que me incomoda, que me distraí, que me faz ferver, que me faz querer morrer, que me faz morrer. Drama. Drama? Não. Mente confusa. Mundo louco, insano. Pessoas estranhas, um dia sim e outro também. Cansa, né? Chega. Eu e Mim querem dormir. O mundo as deixa mais loucas do que o normal. Normal, outro conceito fora de moda. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não entendi, e você?

Raiva. Esse primeiro sentimento. A pessoa 1 está com raiva. Eu sou a diretora da cena. Estou coordenando e tentando fazer meu trabalho. A pessoa 2 não ajuda, quer levar a 1 ao limite. Peço um pouco mais de calma. E as coisas vão acontecendo aos poucos. Eu e Mim já querem aparecer como toda sua idiossincrasia e tentar resolver os problemas, e tento explicar que não é tão fácil. Não. Imagino cenas. Nada acontece. Tudo se desfaz..Meu coração bateu forte. Não controlei e sorri. Retribuiu com um sorriso tímido e um pouquinho bobo. Não deveria. Mas tudo muda. Nada igual. Sorrio de novo. Meu coração continua batendo forte. Você passa. E mexo na mochila como se procurasse algo, e não acho porque não estava procurando nada na verdade. Mexi para esconder meu sorriso através do meu cabelo. E tentei outra vez controlar, respire fundo 1,2,3..Nada. Coração forte e teimoso. Uma atitude. Nada muda. Uma frase. Tudo muda. Como? O que você disse. Eu? É, não disse. Disse. Não era para ter dito. Idiota. Acabou. Voltou, palavras. Foi embora da mesma forma que chegou. As coisas se misturaram e não viraram uma só, continuam na mesma heterogeneidade. Não sei o que fazer. Acho que não vou fazer mais nada, tudo piora quando se tenta mexer. Silêncio, pesado. Não gosto. Me importo e não há retribuição constante e visível. Trabalho no invisível da de-negação. Quieta. Não preciso de palavras. Apenas nos tons, sorrisos e olhares. Tá feito, tenho respostas.

Fatos.

"...Assim, resistindo à tentação de chafurdar no remorso artístico, prefiro 
deixar o bom e o mau como estão e pensar em outra coisa. Entretanto, parece-me que 
vale a pena mencionar pelo menos o defeito mais grave do romance, que é o seguinte: O 
Selvagem é posto diante de duas alternativas apenas, uma vida de insanidade na Utopia, 
ou a vida de um primitivo numa aldeia de índios, vida esta mais humana em alguns 
aspectos, mas, em outros, pouco menos estranha e anormal..."

Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley - novembro de 1 978. 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Negação, fantasia e conceitos psicanalistas.

Não são fatos, fotos ou coisas do tipo. São pensamentos que me atordoam e me fazem querer pensar o porque de atos que não são meus. São seus. "Porque?" Queria te perguntar, olhando nos seus olhos, por mais que ache, eles não mentem para mim.
Fui procurar ajuda na psicanálise, esta que está sendo perfeita pra mim.. caindo como uma luva, e encontrei. Não precisei ir longe.. eu já tinha todas as respostas, só queria confirma-las. Meu senso perceptivo já tinha ido adiante quando comecei a ler, a situação colocou-se diante de mim, e tive que aceita-la. Recusa-la me tornaria uma mal educada, estava bem na minha cara. Na minha cara. Não entendo. Mentira, entendo sim.. porém o não entender é mais fácil de aceitar.. tenho as respostas em mãos. Usa-las agora? Esperar? Não sei. Eu e Mim nesse momento tentando entrar em consenso. Não conseguem. Insistem em ideias opostas e isso me deixa atordoada. Um terceira? Não, as duas já estão de bom tamanho. Umas palavras aqui, ideias ali. Ambas decidem não revidar e ficarem (ou pelo menos tentarem) ficar quietas. Tentar. Vão conseguir. Precisam. 
Ideias desconexas de um plano perfeito, tudo estava indo bem. Você insiste na ideia de estragar tudo. Negação, fantasia e conceitos. Tudo se aplica, nada se encaixa. Qual seu medo? O que te faz realmente feliz? Porque disso tudo? Desculpa, mas agora posso falar que realmente não entendo. fim.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Palavras, palavras, palavras. Sentimento?

Na sala de aula. Tic tac. Pessoas, pensamentos, palavras, discussão, um problema, uma professora de saúde mental, e a mesma leva a turma ao delírio. E a discussão se torna cada vez mais quente. A situação ferve, fica quente, fica calor. Esfria. O silêncio de uma pergunta. Murmúrios, a discussão volta e junto dela o estresse, religião, desconexão e mais palavras. Concordando ou não pareço num plano 'superior', vendo a situação do alto, observando cada gesto, cada expressão, não ouço as palavras. Só vejo movimentos. São 19 pessoas, 4 a frente da sala causando todo o estardalhaço e feições daquela gente. Mais palavras e pensamento. Não ouço. Porque? Pois não quero ouvir, oras. Discordo de todos e resolveria, hoje, a situação de um modo racional e frio. Sinto a energia fluindo no espaço, densa, forte, tocável. Todos exaltados com a situação exposta. Todos. Essas horas que eu não faço parte do meio. A professora continua levando todos ao extremo psicológico, causando uma situação maior. Palavras, palavras, palavras, psicologia, psicodrama. Drama? É real. Ação do inconsciente. Me tocam, presto atenção por segundos, volto a escrever sorrindo, imerso novamente, concentrando-me em nada. Mentira. Vem-me um rosto a mente. Saudade. Psicodrama. Drama? Diário.

domingo, 9 de outubro de 2011

I don't fucking know.

O ventilador faz barulho, indo de um lado para o outro. Frescor. Um dia quente lá fora, aqui dentro nem tanto. Há apenas um prato junto com um copo em cima de um banco, um computador, cadernos, palavras e uma menina-mulher. Ela lê palavras de cartas que talvez nunca irão chegar aos seus remetentes.  Palavras, belas e dolorosas, que estão ali escritas querendo apenas um remetente. Alguém que as leia e que possam ter o coração aquecido. Palavras que não chegarão ao seu endereço e ficaram nessa caderno velho. Até quanto? E porque? Medo de expor? De pagar para ver? Quem sabe. Mas no fundo talvez tudo faça sentido. Ela acha que uns nascem para amar, outros serem amados e outro ainda para serem correspondidos. Será que ela se encaixa nas três categorias? Não se sabe. Porque as perguntas não tem respostas? Há motivos para ter? Não sei, você sabe?

Vai e vem

Na estação de ônibus. Se isso sequer for uma estação. Pessoa diferentes. Gêneros diferentes. Culturas, modo de pensar, vestimentas, pensamentos todos diferentes. Vejo rostos desconhecidos, pessoas aparentemente felizes, outras sérias e com um vazio no olhar., pessoas loucas, crianças roucas de tanto chorar. Mulheres vendem lanches, homens vendem lugar. Uma espera infinita. Agora minhas costas doem, um telefone toca, mochila pesada, barulho, ' alô? ', pessoas comem, vem, vão, pessoas discutem, se entendem, se abraçam, voltam a brigar. Ciclo vicioso? Elas se dizem racionais e ao mesmo tempo que dizem tornam-se seres irracionais como num piscar de olhos. Parecem bichos assustados em meio ao caos urbano de uma sexta a tarde.  Sirenes, buzinas, motores a todo o vapor. E eu imersa nos meus pensamentos , os questionamentos mentais o tempo inteiro. Se sim, porque não? Se não, porque sim? É até engraçado observar humanos tão mesquinhos, tira-se conclusões de vida através das diversidades. E as pessoas continuam indo e vindo. Ônibus chegam cheios de gente, e saem cheios delas. E eu os observando e imersa nos meus pensamentos egoístas e tão mesquinhos quanto aqueles que observei partir. Pessoas e bichos. Nesse momento sendo um só?

sábado, 8 de outubro de 2011

Solidão que nada

Levantei as 5:30 da manhã por conta dos ' sonhos ', mas é mentira. Eu não levantei. Enrolei na cama o quanto pude. Não queria viver essa dia, queria pula-lo e viver o amanhã, podia? Fui para o curso, último dia graças a Deus porque eu não o aguentava mais, porém fiquei no telefone a maior parte do mesmo, levando uma bronca a seguir, mas nem ouvi. Hora de ir embora. Acabei me distraindo e ficando na condução até o centro da cidade onde moro. Desci, resolvi que iria ligar para um dos meus amigos, veio-me o nome na cabeça e assim o fiz. Não pode me encontrar, mas disso eu já sabia, na verdade desculpas foram usadas nessa frase. Mas enfim, andei até uma  rua. Nessa hora, Eu e Mim  já estavam começando a reclamar a fome que ali estava pairando. Entramos, compramos, e gastamos 45,75 reais. Até ai tudo bem. Era preciso, era para Eu e Mim ficarem digamos que mais felizes consigo mesmo. Dali resolvemos entrar num restaurante. Haviam muitas pessoas, todas acompanhadas. Famílias, amigas, amigos, grupos. Eu e Mim sentaram, creio que de propósito em uma mesa que eram para seis pessoas o inconsciente fizera seu papel, Eu e Mim estavam acostumadas a almoçar em família nos sábados e domingos, mas eles não estavam ali e não chagariam. Eu e Mim engoliram o que foi o começo de um choro, engoliram não. Ficara preso na sua garganta. Levantaram e colocaram a comida. Não caiu bem por conta do que tava ali no meio da garganta, lágrimas  a entupiam não deixando a comida descer muito bem. Garçom chega, dá uma cantada na Eu ou na Mim, foi engraçado com qualquer uma delas, elas riram e saíram de fininho. Entraram numa loja, não gostaram do clima, em outra não gostaram do vendedor, na outra encontraram a amiga que foi a melhor durante a melhor fase da vida, da barriga da mãe até os 9 anos. E nostalgia tomou o lugar, muitas brincadeiras, sorrisos e brigas vieram na cabeça da Eu e Mim como um foguete e a fizeram lembrar de tudo que havia, por opção, esquecido. Passaram no mercado, lá se foi mais um bom dinheiro, carrinho com besteiras e coisas não tão saudáveis. Vai ao caixa, dá boa tarde a simpática trabalhadora de um lindo sábado a tarde, vai embora. A van demora, pega a kombi. Apertada, não fora o que quisera, mas a levaria para sua casa. Ela chegou, lavou o quintal para passar a hora desse sábado interminável . Sábado interminável, ideias não tão boas. Procurando motivos e coisas para ocupar uma cabeça que estava a mil. Swing poi na praia. Sozinha mais uma vez? Não sei. Veremos. Elas acham que precisam de um novo blog,e o fazem. Tchau. Elas se vão, fica só as vozes e lembranças desse sábado que está chegando ao fim. Por sorte.